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Argentina de Milei: tão longe de Beijing, tão perto de Washington

 

Marina Morena Caires

 

Durante sua campanha eleitoral, Javier Milei, atual presidente de extrema-direita da Argentina, deixou claro seu alinhamento com princípios neoliberais e anarcocapitalistas. Ele defende a implementação de um Estado mínimo no país, com a redução da máquina pública, o corte de programas assistencialistas e a manutenção de uma economia aberta e de livre mercado. Coerente com essa visão, Milei expressou abertamente sua rejeição a relações com os “comunistas” chineses (Giménez, E., 2024) e manifestou o desejo de estreitar laços com os Estados Unidos.

Contudo, quase um ano após sua tomada de posse, a realidade parece tornar difícil para o líder ultraliberal manter suas promessas de campanha. A China, segundo maior parceiro comercial da Argentina — atrás apenas do Brasil (Statista, 2024) —, representa um vínculo difícil e doloroso para Milei romper. Os acordos firmados por antigos governos com o gigante asiático e a aparente impossibilidade de desatrelar a recuperação argentina da cooperação com Beijing fizeram com que o presidente tivesse que reconsiderar suas rígidas medidas anti-comunistas. 

No entanto, o retorno de Donald Trump à Casa Branca pode indicar o acirramento de laços com os EUA e o afastamento ainda maior da segunda potência mundial. Neste contexto, esta análise busca avaliar o estado das relações entre Buenos Aires e Beijing diante da atual política externa do governo Milei e explorar os desafios que ele poderá enfrentar com as mudanças no cenário político dos Estados Unidos.

 

Política externa de Milei: muita ideologia e pouco diálogo

A cúpula do G20, que ocorreu neste mês de novembro no Rio de Janeiro, proporcionou uma foto viral do presidente argentino protagonizando uma interação fria com Lula, que capturou o isolamento político de Milei no cenário internacional. Durante a mesma cúpula, o presidente argentino tornou difícil a aprovação da declaração final do G20, mediante posição contrária a temas de tributação progressiva, de igualdade de gênero e de objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Paraguassu; Pineal, 2024). 

Esse isolacionismo argentino em espaços multilaterais é resultado de uma tendência do  governo de Milei de conduzir sua política externa com fortes direcionamentos ideológicos neoliberais, anticomunista e anarcocapitalistas, juntamente ao pouco uso da diplomacia e dos canais convencionais, como o uso das plataformas do governo. 

Desde sua campanha, Milei se apresenta de maneira bastante atípica do esperado de um candidato político, pelas suas falas inflamatórias, “teatrais” e pouco políticas na sua forma de expressar sua opinião sobre pautas sociais e econômicas (Urbano, 2023). As redes sociais se tornam o palco principal do atual presidente e da sua ex-chanceler, Diana Mondino, que utilizava suas contas no X mais do que a página oficial do Ministério das Relações Exteriores, criando um cenário altamente individualizado e ideológico da política exterior e uma “diplomacia virtual” (Doval, 2024).  

A ideologia de Milei resultou em uma busca pelo afastamento do Mercosul, devido a sua concepção de que ela é uma organização composta por Estados fortemente atuantes na economia, contrariando sua visão neoliberal de mínima intervenção estatal (ibid.). Ademais, ele optou por não concretizar a adesão ao BRICS devido à presença de países comunistas no bloco (ibid.). Contudo, parece que para o presidente argentino ainda há alguns espaços multilaterais não “contaminados” por ideologias comunistas. No início de seu mandato, foi enviada uma carta de interesse à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sinalizando o interesse de adesão ao grupo, buscando investimentos de desenvolvimento, auxílio econômico e ganho de credibilidade (Ferreira, 2024). Há interesse também em maior participação na Organização Mundial do Comércio (OMC) e no Conselho de Segurança. 

No atual governo, os intransigíveis posicionamentos do presidente eram encontrados com um discurso mais apaziguador e comparativamente moderado da sua ex-chanceler. A exemplo, Mondino se pronunciou favoravelmente ao Mercosul e visou apaziguar relações com a China, a despeito dos comentários do presidente (Doval, 2024; Villasenin, 2024). Sua demissão no final de outubro devido ao voto favorável ao fim do embargo estadunidense contra Cuba (Taddeo, 2024) comprovou o extremismo de Milei e sua intolerância ideológica. Dessa forma, entende-se, que o presidente conduz sua política externa para um caminho pouco pragmático e fortemente alinhado aos EUA, a despeito da tradição e do histórico argentino. Isso é evidente no caso de Cuba, no qual a Argentina há décadas apoiava o fim do embargo.

 

China e Argentina: esfriamento mútuo?

Como é possível imaginar, os comentários pouco polidos de Milei afetaram a diplomacia com a China.  Contudo, a Argentina vinha sofrendo um esfriamento das relações com o país antes mesmo de Milei assumir a presidência com sua postura anticomunista. 

O predecessor de Milei, Alberto Fernández, protagonizou, em seu governo, entre 2019 e 2023, diversos casos de afastamento e de paralisação das relações com Beijing, resultados de um acordo bilateral da então presidente Cristina Kirchner. Foi nele que a maioria dos projetos de infraestrutura da China na Argentina foram parados por questões de financiamento e outros problemas de licenças governamentais. Dentre eles, um reator nuclear de US$8 bilhões em Atucha III, duas represas no rio Santa Cruz, o trabalho no sistema de trilhos do Belgrano Cargas, além de outros grandes projetos (Ellis, 2024). Além disso, em 2023, a China trocou seu embaixador fluente em espanhol por um novo que não fala o idioma, desqualificando indiretamente a relação (ibid.).

Contudo, o governo de Fernández, apesar de diversos impasses com os chineses, não buscava um afastamento abertamente, como Milei. Em realidade, o ex-presidente buscou diversas associações com Beijing. Nesse sentido, em 2021, o país se tornou membro do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), uniu-se à iniciativa chinesa do “Belt and Road” — ou “Rota da Seda” — um ano depois, e conseguiu ser aprovado para participar do BRICS em 2023 (Villasenin, 2024). 

Do lado chinês, a vontade em cooperar e se relacionar com país sul-americano era clara. Desde 2004, a China declara abertamente seu interesse na Argentina e sua consideração do país como um parceiro estratégico na região, buscando criar laços institucionais mais profundos e apoiando a adesão da potência sul-americana em bancos e iniciativas asiáticas comandados por eles (ibid.). No entanto, sempre houve uma dificuldade institucional argentina em seguir em frente com as propostas, seja devido ao estado de crise do país, seja a questões de atraso burocrático do país. 

Mesmo assim, a potência asiática buscou auxiliar o país em crises, como a da COVID-19,  com práticas como a de ajuda econômica por meio de swap cambial (Villasenin, 2024). O swap é um mecanismo em que dois agentes, neste caso dois Estados, se comprometem em trocar moedas ou dinheiro em determinadas datas e em parcelas, auxiliando nas reservas das Partes (Giménez, J., 2024). Para a Argentina, esse acordo, consolidado no governo de Cristina Kirchner, possibilitou o pagamento de dívidas com o FMI, sendo extremamente útil para o país. 

Todavia, com a eleição de Milei e o pouco esforço para manter a relação, em dezembro de 2023, a China suspende crédito swap de US$6,5 bilhões. No acordo, a Argentina precisa de um “acordo programático” com o FMI, que ela estava tendo dificuldades de manter, e era necessário a manutenção de reciprocidade política e diplomática entre os países (Lucena, 2024). Esse sobressalto levou Milei a buscar novamente diálogo com o país. Em junho, o governo argentino buscou negociação com a China para estender o swap e impedir o pagamento de bilhões de dólares de volta ao país asiático (Bianchi; Madry, 2024).  

A falta de comunicação por parte de Javier Milei também levou ao abandono da construção de usinas em Santa Cruz, pausadas no governo de Fernández, cujas negociações deveriam ser retomadas pelo novo governo, algo que ainda não aconteceu. Com isso, a companhia chinesa que financiava o projeto demitiu 1.800 operários e removeu suas operações do país (Azenha, 2024). 

Assim, em março de 2024, pela primeira vez no ano, a China deixou de ser a segunda maior parceira comercial do país e passou a terceira posição, atrás da União Europeia (Giménez, E., 2024). Em outubro, o decrescimento das relações comerciais se manteve. De acordo com relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) de outubro de 2024, o intercâmbio comercial com a China registrou um saldo negativo de US$ 1.055 milhões de dólares, com diminuição de interanual nesse mês de 41,5% na exportação, principalmente pela queda de produtos primários. Além disso, houve aumento de 0,8% nas importações em relação a outubro de 2023. As compras realizadas pelos chineses dos produtos argentinos agora estão sendo direcionadas ao Brasil (Giménez, E., 2024), configurando um afastamento ainda maior dos antigos parceiros. 

Essa situação fez com que Milei tivesse que tomar uma postura mais proativa com Beijing. Durante a cúpula do G20, o argentino realizou um encontro bilateral com Xi Jinping, configurando uma drástica mudança de postura (Catto, 2024). Com a necessidade de melhoria na economia e o pagamento das dívidas externas, perder a China como parceiro seria inviável. 

 

Trump e o envolvimento norte-americano 

Mesmo com essa virada de perspectiva, na qual Milei parece finalmente estar caminhando para uma condução de política externa mais voltada à manutenção de parceiros estratégicos e à recuperação econômica do que suas ideologias, a reeleição de Trump pode significar uma ameaça ao processo. 

Não é segredo que ambos os líderes são extremamente próximos, sendo que Milei foi o primeiro presidente estrangeiro a encontrar o norte-americano após sua vitória nas eleições (G1, 2024). Além disso, os Estados Unidos têm um histórico de interferência nas relações sino-argentinas por meio de pressões, utilizando viagens e declarações para impedir acordos bilaterais. No governo de Biden, os EUA interferiram na construção da central Atucha III, na postergação da licitação 5G para dificultar a entrada de empresas chinesas que dominam o setor e no cancelamento do acordo de compra de caças chineses em troca de estadunidenses (Villasenin, 2024). Agora, um obstáculo ainda maior para as relações com Beijing é o fato de Trump, conhecido por sua postura firmemente anticomunista, manter uma agenda focada em conter a expansão chinesa nas Américas.

Ademais, Milei fez dos Estados Unidos prioridade no campo de política exterior não só pelo alinhamento com os princípios políticos conservadores e economicamente liberais, mas também pela possível ajuda com questões de comércio e de recuperação econômica argentina. Laços mais fortes com os EUA podem significar condições mais favoráveis de financiamento no Fundo Monetário Internacional (FMI), além de apoio para a adesão à OCDE (Ferreira, 2024). Contudo, isso irá depender da atitude de Trump em relação a esses organismos durante seu mandato. 

Mesmo que Milei encontre um aliado nesses aspectos, pode ser que não o encontre em outros. Ao passo que Trump tem uma política protecionista, especialmente no que diz respeito à indústria agrícola norte-americana, Milei busca o fim de tal  protecionismo para impulsionar o livre mercado e as exportações argentinas nesse setor dentro da OMC (ibid.), podendo significar uma rachadura na aliança mais esperada do atual presidente argentino. A promessa do presidente eleito de impor tarifas nos produtos importados da China também pode ser um contraponto entre os governos. Trump anunciou que quer aplicar um imposto de até 60% nos produtos chineses (Lynch, 2024), mantendo sua lógica protecionista de desenvolvimento do produto interno. No entanto, Milei, além de um defensor de livre mercado que prometeu redução de impostos aos eleitores, têm de controlar a inflação do país, que vem sendo feito por meio da redução de tarifas de importação (Olivieri, 2024).

Os Estados Unidos se mantiveram um parceiro importante para a Argentina, ocupando a terceira posição no âmbito comercial, estando a frente da China em compra de exportações (Statista, 2024) e sendo o maior investidor direto do país no primeiro trimestre de 2024, com 19% de todos os investimentos externos diretos (Infobae, 2024). Ainda assim, o fato de os EUA parecerem mais interessados em investir no país não é suficiente para superar a influência da China. Portanto, o foco de Milei nos EUA seria uma escolha claramente ideológica, o que pode ter grandes consequências para a economia argentina, caso Trump não mantenha e amplie a parceria.

 

Conclusão

A ascensão de Trump cria um empecilho maior para a China no que diz respeito à relação com a Argentina. É nítido que o país sul-americano não pode deixar de lado a parceria com a potência asiática, devido não só ao seu peso comercial, aos investimos em infraestrutura e ao swapcambial, mas também a sua atuação nos setores de mineração do lítio, de energias renováveis e digital (Ellis, 2024). Na mineração, as empresas chinesas ganham espaço junto às autoridades locais argentinas, trabalhando com governos provinciais. Já no setor digital, a infraestrutura de telecomunicações do país é liderada por grandes empresas como a Huawei que oferta serviços a grandes provedores (ibid.). Assim, a China se torna um ator-chave em algumas das indústrias e mercados mais básicos e estratégicos do país.

Apesar disso, o discurso inflamado e as ações "anticomunistas" de Trump podem levar Milei a priorizar apenas questões básicas e urgentes, a exemplo o swap cambial como ocorreu recentemente, em vez de aproveitar o interesse chinês para impulsionar a economia. Isso pode resultar na paralisação ou avanço muito lento na retomada de projetos, enquanto ele aposta no aumento das exportações para os EUA. Beijing, aparentemente, não permanecerá buscando relações com o país, e é capaz de ocorrerem ainda mais retiradas de investimentos e levada do comércio a outros países da região, diminuindo a exportação de produtos primários argentinos em favor de outros países sul-americanos.

O distanciamento de Beijing também aponta para o afastamento argentino dos blocos, dos bancos e das iniciativas que contam com capital chinês, desperdiçando uma chance preciosa da Argentina de adentrar em outros espaços do mercado global e buscar financiamento alternativo a suas crises, como nos fundos do BRICS. 

 

Referências

 

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