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Do reshoring à cooperação: parceria estratégica EUA-Japão na Cadeia Global de Valores de Semicondutores

por Kaio Lucas S. Mesquita

Introdução

Dentro de uma gama heterogênea de perspectivas mundiais e tensões geopolíticas, a cadeia global de valor de semicondutores está no centro da atenção de líderes governamentais e empresariais. O processo de reshoring, o qual contrapõe as tendências de globalização iniciadas no último século, tem sido acentuado nos últimos anos pelas disputas territoriais no Indo-Pacífico.

O Japão e os Estados Unidos são importantes atores na cadeia global de valor de semicondutores, com ambos tendo realizado manobras de reshoring no passado, pareado aos interesses comuns em diminuir a influência chinesa nessa cadeia produtiva. Em abril de 2024 foi realizada uma cúpula entre os dois Estados, da qual resultou um maior alinhamento no âmbito da cooperação para o desenvolvimento. Durante as negociações, os representantes dos governos demonstraram seus interesses conjuntos de atuarem para fortalecer suas predominâncias nessa indústria.

Esta análise de conjuntura procura abordar o nexo dos interesses e acordos estabelecidos durante essa cúpula nos temas de cooperação em matéria de Defesa e Desenvolvimento da Cadeia Global de Valor (CGV) de Semicondutores e a emergência do neoliberalismo militarizado, explicitando o que são esses chips, como funciona a sua Cadeia de Valor e argumentando como essa reunião pode representar um rearranjo do processo de reshoring.

 

Cadeia Global de Valores de Semicondutores

Os semicondutores, chips de computador ou circuitos integrados, realizam tarefas de armazenamento de dados e de execução de operações lógicas essenciais para o funcionamento de diversos dispositivos, como smartphones, computadores e servidores (OECD, 2019). A área de semicondutores é um setor essencial da economia mundial, as vendas globais de 2023 arrecadaram aproximadamente US$526,8 bilhões, conforme divulgado pela Semiconductor Industry Association (SIA, 2024).

As Cadeias Globais de Valor incluem as etapas essenciais para converter recursos econômicos em bens, abrangendo desde a criação inicial até a obtenção de matéria-prima (Cattaneo; Gereffi; Staritz, 2010).

Atualmente, não há nenhum país ou empresa capaz de desempenhar domesticamente todas as funções da cadeia de valor para todos os tipos de semicondutores necessários para uma economia moderna (Thadani & Allen, 2023). Os vários insumos de um chip IC típico devem atravessar mais de 70 fronteiras internacionais antes que um produto final possa ser entregue aos consumidores (Accenture apud Thadani & Allen, 2023).

O surgimento dessa indústria está intrinsecamente ligado aos objetivos militares, especialmente os dos Estados Unidos, devido à sua aplicação na corrida armamentista durante a Guerra Fria. No entanto, essa situação mudou quando a Fairchild Semiconductor, começou a desenvolver chips para uso em massa (Miller, 2022).

Com o crescimento da indústria e o subsequente deslocamento geográfico para regiões asiáticas, houve um notável aumento na competição no século XXI, com destaque para novos participantes do Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Essa dinâmica impôs desafios aos fabricantes norte-americanos, uma vez que a concentração das operações produtivas ficou inviável (Brown; Linden, 2009).

Os Estados Unidos se destacam na cadeia produtiva por suas fortes habilidades em pesquisa e desenvolvimento (P&D), projeto de chips e equipamentos de fabricação avançada. Taiwan, por sua vez, é dominante em fabricação avançada e montagem, testes e embalagem (ATP), enquanto a Coreia do Sul especializa-se em todos os passos de produção, incluindo materiais e equipamentos de fabricação de semicondutores avançados (SME). O Japão, de modo semelhante, se concentra em SME e materiais, produzindo semicondutores de tecnologia mais antiga. A Europa, da mesma maneira, se concentra em SME, materiais e propriedade intelectual fundamental (IP), enquanto a China está progredindo em design e fabricação, mas enfrenta desafios em inputs de produção, como SME, automação de design eletrônico (EDA) e IP fundamental (Khan et al., 2021).

 

Reshoring

O fenômeno do offshoring, definido como a realocação de atividades da cadeia de valor do país de origem da empresa para locais estrangeiros (Schmeisser apud Pedroletti; Ciabuschi, 2023), ganhou destaque nas últimas décadas do século XX, impulsionado pela globalização. A decisão pelo offshoring baseia-se na vantagem de desintegrar o processo produtivo e transferi-lo para diferentes países, explorando as vantagens que essas localizações podem oferecer, como mão de obra ou insumos mais baratos (Kedia; Mukherjee apud Pedroletti; Ciabuschi, 2023). Eventos como a pandemia, aliados a conflitos locais agravam disputas no sistema internacional, como a do estreito de Taiwan, levando muitos países a revisarem suas políticas industriais e comerciais (Prasad, 2023).

Ainda que a indústria de semicondutores seja global, o Indo-Pacífico é a região mais relevante dela. A posição de Taiwan como um ponto estratégico e o avanço tecnológico, aliado ao seu papel central na fabricação de semicondutores, colocam a ilha no epicentro das tensões geopolíticas entre os EUA e a China (Miller, 2023).

Preocupados com a relevância estratégica da China nas redes globais de abastecimento, especialmente no contexto das cadeias de suprimentos de semicondutores, bem como com o significativo domínio do mercado Indo-Pacífico na produção e comercialização global de chips, tanto o Japão quanto os Estados Unidos têm empreendido esforços para fortalecer a resiliência dessas redes e relocalizar a produção de semicondutores. Essa iniciativa visa mitigar os riscos associados a uma possível crise que poderia expor vulnerabilidades nessas redes de produção e afetar a disponibilidade desses componentes essenciais para a economia global, além de reforçar seu protagonismo nessa cadeia.

O reshoring emerge como resposta a essas disputas, à medida que empresas reconsideram suas decisões de offshoring e começam a realocar parte ou toda a produção de volta aos seus países de origem (Ellram; Manning, apud Pedroletti; Ciabuschi, 2023). Esse movimento ajuda a compensar problemas causados pela localização geográfica das redes produtivas, como tensões geopolíticas, além de aproveitar políticas de incentivos fiscais ou financeiros promovidas pelos países de origem, como o Chip Act de 2022 nos Estados Unidos. A Lei CHIPS e Ciência visa fortalecer a pesquisa e produção de semicondutores nos EUA, recuperando a liderança tecnológica. Essa lei prometeu desbloquear investimentos privados significativos em semicondutores, incluindo áreas essenciais à defesa nacional (The White House, 2022).

A crise de escassez de semicondutores afetou significativamente os países cujas economias são fortemente baseadas na exportação de produtos manufaturados. Ao contrário dos EUA, a maioria desses países não promulgou uma legislação específica, mas em vez disso, adotou uma estratégia de semicondutores baseada em seu quadro legal existente para atrair parceiros comerciais estrangeiros (Ota apud Chou, 2024), como é o caso do Japão.

Ao formular sua política de semicondutores, o Japão considerou atentamente o atual conflito geopolítico dessa CGV. Após a pandemia, diversas empresas começaram a reavaliar os riscos associados à China, optando por transferir suas linhas de produção para outros países asiáticos. Dentre esses, o Japão se destaca pelo seu robusto histórico em materiais e ferramentas para a fabricação de semicondutores. Para os Estados Unidos, o Japão é um dos poucos países asiáticos próximos que possui capacidade para construir fundições de chips avançados internamente (Schmidt apud Chou, 2024). Isso se deve, em parte, ao forte alinhamento do Japão com os EUA. Embora Tailândia, Malásia e Índia demonstrem interesse em investir e construir fundições de chips, com custos de mão de obra, terra, água e energia mais competitivos que o Japão, este último ainda é considerado uma opção primordial neste jogo geopolítico (Chou, 2024).

Com isso exposto, é possível notar que os processos de reshoring - como o dos EUA e do Japão -, apesar de objetivarem primordialmente relocar a cadeia de produção para o âmbito doméstico, hoje expandem seus horizontes de definição e se rearranjam, por meio da cooperação e interesses comuns, em um modelo mais complexo, onde algumas variações do reshoring se tornam co-dependentes.

Consoante a isso, de acordo com Thadani & Allen (2023), no século XXI, os Estados Unidos, China e Japão, entre outros Estados, lançaram diversas iniciativas a nível nacional e internacional objetivando reforçar e reestruturar a cadeia de semicondutores de acordo com seus objetivos geopolíticos e de segurança nacional. Os motivos deixam de ser exclusivamente econômicos e passam a incluir a soberania tecnológica e a segurança nacional, o que ressoa muito com o intuito inicial da criação dos semicondutores que era exclusivamente militar e reflete em uma abordagem do neoliberalismo militar no século XXI.

 

Neoliberalismo Militarizado

Wijaya e Jaysasuriya (2024) sustentam  o argumento de que o processo de reshoring não sinaliza o começo da desglobalização ou um recuo do neoliberalismo, mas sim a ascensão de um neoliberalismo militarizado. Esse novo paradigma redireciona e reestrutura alianças, e instituições de segurança para facilitar a acumulação de capital por meio dos Estados, gerando novas geografias regulatórias. Tal fenômeno não representa um retorno ao estatismo, mas reflete o ativismo estatal como elemento crucial

De maneira sucinta, o neoliberalismo militarizado se caracteriza por uma reconfiguração do capital, impulsionada por novos mecanismos de controle regulatório que operam por meio de redes econômicas e de segurança. Define-se por uma transformação gradual do Estado, com a segurança se infiltrando em estruturas econômicas como bancos centrais, autoridades financeiras reguladoras e ministérios da indústria (Wijaya & Jaysasuriya, 2024).

A convergência entre economia, comércio, defesa e segurança nacional tratados durante a reunião dos Estados Unidos e o Japão, bem como o estreitamento da cooperação entre eles nessas agendas evidencia a incorporação de imperativos de segurança em instituições novas e estabelecidas. O neoliberalismo militarizado promove o surgimento de modos regulatórios plurais e coordenados que reterritorializam a economia global.

 

A Cúpula EUA-Japão

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Japão (2024), a relação entre o Japão e os Estados Unidos é marcada por profunda confiança e amizade em múltiplas camadas. Com base nesses laços, ambos os países se tornaram parceiros globais, com o objetivo de sustentar e fortalecer a ordem internacional livre e aberta.

Dentre as agendas abordadas, destaca-se a iniciativa de construir cadeias de suprimentos transparentes, resilientes e sustentáveis, além da intenção de aprimorar a cooperação em semicondutores. Essas agendas explicitam uma nova abordagem do processo de reshoring, o qual, nessa conjuntura, deixa de ter uma abordagem doméstica e passa a se desenvolver de maneira interestatal.

No que tange a primeira agenda, os Estados Unidos e o Japão iniciaram conversas entre o Departamento de Comércio dos EUA e o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, no âmbito do Comitê Consultivo de Política Econômica EUA-Japão. Ambos os atores objetivam trabalhar juntos para mitigar vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos, especialmente aquelas causadas por políticas e práticas de mercado não convencionais, promovendo uma compreensão mais profunda dessas fragilidades em setores estratégicos (The White House, 2024).

Paralelamente, a agenda de cooperação de semicondutores se baseia na longa história de cooperação em tecnologia dos chips pelos Estados Unidos e o Japão. Na Cúpula, ambos os Estados iniciaram as discussões entre o Centro de Tecnologia de Semicondutores de Ponta do Japão (LSTC) e iniciativas de pesquisa dos EUA, como o Centro Nacional de Tecnologia de Semicondutores dos EUA (NSTC) e o Programa Nacional de Manufatura Avançada de Embalagens dos EUA (NAPMP). Essas discussões objetivam a criação de uma agenda para a cooperação EUA-Japão, incluindo um roteiro de pesquisa e desenvolvimento e desenvolvimento de força de trabalho (The White House, 2024).

Empresas dos EUA e do Japão estão explorando uma vasta gama de possibilidades oferecidas por semicondutores ópticos através de parcerias como o Fórum Global de Redes Ópticas e Sem Fio Inovadoras (IOWN). Além disso, o Departamento de Trabalho dos EUA planeja convidar contrapartes japonesas no setor de semicondutores para participar de workshops que discutirão as melhores práticas para treinar a próxima geração de designers, construtores e profissionais em pesquisa e manufatura avançada de semicondutores (The White House, 2024).

Além de concordarem sobre a necessidade urgente de fortalecer ainda mais as capacidades de dissuasão e resposta da Aliança Japão-Estados Unidos, em conjunto com a cooperação em segurança e defesa, ambos líderes concordaram que tentativas unilaterais de alterar o status quo por meio da força ou coerção são totalmente inaceitáveis em qualquer lugar do mundo. Eles se comprometeram a responder de forma resoluta a tais ações, em coordenação com aliados e países com ideias semelhantes. Os líderes compartilharam a visão de continuar trabalhando juntos para abordar questões relacionadas à China (Ministry of Foreign Affairs of Japan, 2024). O que se subentende que tange, em específico, os conflitos na cadeia de valor de semicondutores. Uma vez que, concomitante a isso, reiteraram a importância da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan, encorajando a resolução pacífica das questões transversais.

Ao reconhecer a relevância do investimento privado bilateral, os líderes enfatizaram a necessidade de facilitar investimentos bidirecionais entre o Japão e os Estados Unidos. O Primeiro-Ministro Kishida mencionou os investimentos de empresas japonesas na Carolina do Norte, as quais têm contribuído significativamente para a economia dos EUA por meio de investimentos e criação de empregos. Com o objetivo de manter e fortalecer a competitividade em tecnologias avançadas, incluindo semicondutores, inteligência artificial e tecnologia quântica, os líderes celebraram a cooperação contínua em pesquisa e desenvolvimento e expressaram a intenção de acelerar a colaboração bilateral na criação de ambientes de startups que promovam inovação e desenvolvimento de recursos humanos  (Ministry of Foreign Affairs of Japan, 2024).

O Departamento de Comércio dos EUA afirmou que a política estadunidense deve ter como objetivo desenvolver um ecossistema de semicondutores saudável e resiliente, no qual aliados e parceiros continuem a desempenhar um papel fundamental. Dessa maneira, coordenar programas de investimento e incentivo, promover intercâmbios de conhecimento e colaboração e facilitar o comércio transfronteiriço são objetivos de alta prioridade para a implementação da Lei CHIPS (Thadani & Allen, 2023).

Esse diálogo contínuo é importante para minimizar investimentos duplicados, aumentar os pontos fortes comparativos da indústria nacional de cada país e reduzr o risco de dependências importantes (Thadani & Allen, 2023).

 

Considerações finais

Os semicondutores compõem parte fundamental do cotidiano de toda a sociedade, sendo a base da tecnologia atual. Sua relevância é percebida pelas dinâmicas e rearranjos que ocorrem em sua Cadeia Global de Valor, com as disputas de interesses entre vários atores gerando movimentos em toda sua extensão. Essa parceria entre os EUA e o Japão explicitada pela cúpula de abril de 2024, retrata uma nova abordagem do processo de reshoring na indústria de semicondutores, já que ambos os atores envolvidos possuem objetivos estratégicos sobre Taiwan e sua capacidade produtiva de insumos. Pareado a isso, a presença marcante do tema de segurança na cúpula, bem como com essa área estando intrinsecamente interligada com as políticas comerciais e a cooperação na CGV dos chips, demonstra claramente como esse movimento representa uma ascensão do neoliberalismo militarizado. Por fim, infere-se que a interação de Estados que tiveram diferentes experiências com o reshoring pode vir a gerar novos rearranjos na cooperação para alcançar esses objetivos prévios, o que sinaliza uma ampliação da definição teórica desse conceito, uma vez que deixa de ser unilateral para se tornar multilateral.


 

Referências

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